O Observatório História e Saúde se fez presente, em 06 de agosto, no Seminário Testemunho Circulando – Comunicação Comunitária como Política Pública, na Fiocruz. O Seminário é uma das etapas do projeto “Geração cidadã de dados – Cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde”, que tem como coordenadora a pesquisadora associada do OHS Cristiane d’Avila. Também participou do evento Luiz Alves, pesquisador do OHS, que havia colaborado na elaboração do roteiro do seminário a partir da sua experiência com a metodologia. Um exemplo foi o Seminário Testemunho “Covid Longa no Brasil: invisibilidade e cuidado de uma síndrome pós-viral”. O projeto Geração Cidadã de Dados está sendo realizado em parceria com a Coordenação de Cooperação Social da Presidência da Fiocruz, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), por meio do Dicionário de Favelas Marielle Franco, e com comunicadores da Frente de Mobilização da Maré, Instituto Raízes em Movimento e Jornal Fala Manguinhos.
Confira um trecho da matéria, publicada na Agência Fiocruz de Notícias, abaixo:
Seminário debate comunicação comunitária, políticas públicas e promoção da saúde
Publicado em 15/08/2025, por Luiza Gomes e Mariana Moebus (Cooperação Social da Fiocruz) e Cristiane d’Avila (COC/Fiocruz)
Informações que garantem a vida e a segurança de moradores e trabalhadores, campanhas de saúde adaptadas à realidade local, freando propagação de doenças e outros males: são apenas duas das inúmeras contribuições que a comunicação comunitária presta à sociedade – mesmo com infraestrutura precária e às custas da saúde dos próprios comunicadores. No entanto, existe um vácuo de políticas com esta temática, um deserto de fontes de financiamento (públicas ou privadas). Com base neste diagnóstico, o seminário Testemunho Circulando – Comunicação Comunitária como Política Pública reuniu convidados entre ativistas da comunicação popular e comunitária, pesquisadores, profissionais de comunicação, profissionais de saúde e gestores públicos, para dar início à construção de instrumentos para a proposição de políticas públicas para a comunicação comunitária. A atividade ocorreu na Fiocruz e faz parte do projeto Comunicação comunitária para promoção da saúde: apresentação e entrega dos resultados do projeto Geração cidadã de dados – Cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde.
A metodologia do seminário, advinda do campo da história oral, tem o objetivo de gerar um momento de reflexão coletiva e de compartilhamento de trajetórias (Foto: Cooperação Social).
Entre os coletivos presentes, estiveram representantes do Fundo de Apoio ao Jornalismo; do Coletivo Valores da Penha; do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC); do Instituto Raízes em Movimento; do jornal Fala Manguinhos; da Frente de Mobilização da Maré; da Bem TV; do jornal Fala Roça; do canal Tiro Jr.; e do jornal Voz das Comunidades. Além de representantes de iniciativas de comunicação popular, também participaram a deputada federal Renata Souza (Psol-RJ); o representante da Fiocruz na Câmara Técnica de Saúde Digital e Comunicação em Saúde do Conselho Nacional de Saúde, Rodrigo Murtinho; a representante do Dicionário de Favelas Marielle Franco, Palloma Menezes; a professora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde da Fiocruz Inesita Araujo; o coordenador e editor-chefe da revista Radis da Fiocruz, Rogério Lannes; o coordenador e pesquisador do Laboratório de Estudos em Comunicação Comunitária da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Cristiano Henrique; o comunicador e integrante da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) Jota Marques; e o jornalista e apresentador da CBN Leandro Resende.
O primeiro produto do encontro será uma minuta de política (policy brief) – documento embasado em dados, pesquisas e narrativas que pretende contribuir com o debate sobre políticas públicas. A peça será encaminhada como proposta para a Câmara Técnica responsável pela elaboração da Política de Comunicação Pública do Sistema Único de Saúde (SUS) no Conselho Nacional de Saúde. A atividade foi promovida a partir do edital de Apoio à Organização de Eventos Científicos, Tecnológicos e de Inovação no Estado do Rio de Janeiro, da Faperj.
“O projeto Geração cidadã de dados – Cartografia dos coletivos de comunicação comunitária para promoção da saúde gerou um mapeamento com iniciativas de comunicação popular da AP 3.1 do município do Rio de Janeiro, verbetes no Dicionário de Favelas Marielle Franco e uma série de podcast chamada Comunicação Comunitária é Saúde em parceria com o projeto Radar Saúde Favela”, explicou Cristiane d’Avila, jornalista da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e coordenadora do projeto. “Agora, a partir dessa atividade, a ideia é gerar um policy brief, que vai ser publicado pela Cooperação Social e, futuramente, um livro – para o qual esperamos captar recursos”, afirmou. A Área de Planejamento 3.1 da Prefeitura do Rio de Janeiro tem 28 bairros, entre eles Ramos, Complexo da Maré, Vigário Geral, Penha e Ilha do Governador.
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