O OHS recomenda, no mês em que é comemorado o Dia do Trabalhador, o artigo “É o doutor que vem aí!”: guardas sanitários, relações de trabalho e formação de identidade (décadas de 1930 e 1940). A seguir, o próprio autor, o pesquisador do OHS José Roberto Franco Reis, apresenta o texto, antecipando as principais questões abordadas no artigo.
No artigo “É o doutor que vem aí!”: guardas sanitários, relações de trabalho e formação de identidade (décadas de 1930 e 1940), abordo os trabalhadores da saúde atuantes nas décadas de 1930 e 1940 no Brasil, mais exatamente o pequeno porém importante grupo dos auxiliares de saúde identificados como guardas sanitários. Meu objetivo foi problematizar e investigar aspectos relevantes relacionados à vida desses trabalhadores, sua relação profissional e seus processos formativos, de modo a oferecer alguma compreensão de quem eram estes trabalhadores e que possíveis identidades assumiam na perspectiva de estabelecerem solidariedades, lealdades e sentido de agregação social. Importante observar que certas atividades desenvolvidas pelos guardas sanitários apresentam algumas semelhanças com o trabalho que determinados profissionais do campo da saúde desenvolvem atualmente, como os Agentes de Combate a Endemias (ACEs) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Como dito por um estudioso, “os mediadores mudaram. Não temos mais guardas e visitadoras sanitárias, outros atores políticos assumiram esta posição: educadores em saúde (não mais sanitários), agentes comunitários de saúde, agentes indígenas de saúde e de saneamento” (TEIXEIRA, 2008, p.973). Boa leitura!
José Roberto Franco Reis
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