A Abrasco na Construção do SUS (1979-1990): ação política na saúde

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Resumo: Neste capítulo discute-se, no momento da implantação da democracia no país, a participação da Abrasco na construção do Sistema Único de Saúde (SUS). As conexões de seus integrantes com outras organizações, inclusive políticas, são muito extensas, impossíveis de serem integralmente contempladas nos limites deste trabalho. Tendo em vista tais limites, o capítulo encontra-se organizado em quatro seções. Na primeira, com base em um contexto de crescente politização da sociedade, discutimos o amadurecimento e a construção de um ponto de vista institucional – visível em fóruns, eventos e publicações organizadas pela Abrasco – sobre a reforma do sistema de saúde brasileiro. Em um segundo passo, ingressamos no mais importante fórum de decisão em torno do marco legal da Constituição de 1988: a Constituinte e o seu processo preparatório. A nova carta constitucional não só imprimiu novos contornos legais e institucionais para a saúde no Brasil como também apontou para um cenário de novas perspectivas para a saúde pública no país. Estas últimas serão mais exploradas no terceiro segmento, quando não só descrevemos o posicionamento institucional da Abrasco no âmbito do processo constituinte, como também passamos em revista algumas das principais posições que tensionaram o debate sobre a organização da saúde no Brasil. Parte daquelas tensões, como veremos, ainda não foi de todo superada. Na última seção, a título de conclusão, avançamos além do período analítico definido e tentamos dialogar com contextos e circunstâncias em que a associação tem posto em prática seu viés político.

Editora: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

Como citar: PAIVA, Carlos Henrique Assunção; FONSECA, C. M. O. A Abrasco na Construção do SUS (1979-1990): ação política na saúde. In: TRINDADE, Nísia; PARANAGUÁ, José; PAIVA, Carlos Henrique Assunção. (Orgs.). Saúde Coletiva: a Abrasco em 35 anos de história. 1a. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2015. p. 49-68.