José Roberto Franco Reis, Casa de Oswaldo Cruz (COC), Fiocruz, Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
O artigo se debruça sobre o pensamento sanitário brasileiro entre os anos de 1940 e 1960 com o objetivo de refletir sobre a relação entre saúde e desenvolvimento. Busca, assim, problematizar a compreensão corrente que identifica um processo de polarização aberta entre os modelos de saúde consolidados no primeiro governo Vargas, notadamente as políticas do dito sanitarismo campanhista e do Serviço Especial de Saúde Pública (Sesp), em contraposição ao que se convencionou chamar sanitarismo desenvolvimentista, organizado sobretudo a partir dos anos de 1950. Os primeiros se caracterizariam pela crença de que elevados investimentos em saúde poderiam resolver os problemas sanitários, além de propiciar crescimento e prosperidade; o segundo, pela ideia de que o desenvolvimento econômico da nação seria precondição para a melhora da situação geral da saúde. Para tanto, o autor se vale das formulações do sanitarista brasileiro Mário Magalhães, identificado no texto como um dos nomes mais representativos da corrente intelectual desenvolvimentista no campo da saúde.
Palavras-chave: Sanitarismo desenvolvimentista; História da saúde pública; Sanitarismo campanhista; Mário Magalhães; Pobreza, doença e desenvolvimento
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REIS, José Roberto Franco. “Viver é influenciar”: Mário Magalhães, sanitarismo desenvolvimentista e o campo intelectual da saúde pública (1940-1960). Tempo Social (USP. Impresso), v. 27, p. 279-304, 2015. Disponível em: <https://ohs.coc.fiocruz.br/artigo/viver-e-influenciar-mario-magalhaes-sanitarismo-desenvolvimentista-e-o-campo-intelectual-da-saude-publica-1940-1960-2/>. Acesso em: dia de mês de ano.