Fundação das Pioneiras Sociais
Esta galeria de imagens tem por objetivo ilustrar as principais atividades desenvolvidas pela Fundação das Pioneiras Sociais, uma instituição idealizada pela ex-primeira dama brasileira Sarah Kubitschek.
Quando Juscelino Kubitschek foi eleito governador de Minas Gerais (1951-1955), Sarah começou a mobilizar as senhoras da alta sociedade mineira a fim de arrecadar doações para os necessitados. As voluntárias se reuniam na garagem do Palácio da Liberdade e se dedicavam à ajuda de crianças, mães e mulheres grávidas. Este grupo ganharia o nome de Pioneiras Sociais, cujos Núcleos se espalharam pelo estado, com dezenas de voluntárias trabalhando no preparo e distribuição de merenda escolar, roupas, alimentos, cadeiras de rodas e aparelhos para deficientes físicos.
Esta obra social ganhou novo impulso quando JK foi eleito presidente da República (1956-1961). Em 22 de março de 1956, Sarah Kubitscheck criou formalmente a Fundação das Pioneiras Sociais, que desenvolveu atuação em dez estados brasileiros. Suas ações principais estavam voltadas para as assistências médica e educacional da população pobre. Entre suas principais realizações, se podem citar a criação de hospitais volantes, escolas, centro de pesquisas, ambulatórios, lactários, centros de recuperação motora, recreação infantil e cursos de artes domésticas.
No mesmo ano da criação da Fundação das Pioneiras Sociais, a sogra do presidente da República faleceu, vítima de um câncer ginecológico. Com a morte da Sra. Luiza Gomes de Lemos, JK solicitou ao médico Arthur Campos da Paz um planejamento para a construção de um hospital de cancerologia na cidade do Rio de Janeiro. Este aconselhou-o a criar um centro de pesquisas dedicado à prevenção do câncer feminino, de fato inaugurado em 1957, como uma nova unidade da Fundação das Pioneiras Sociais, e dedicado ao atendimento ambulatorial para a prevenção e a detecção precoce do câncer ginecológico e da mama. Além disso, a nova unidade de saúde também desenvolvia um trabalho de “busca ativa” da população feminina com maior dificuldade de acesso à informação e aos serviços de saúde, cujo principal objetivo era trazer para a instituição mulheres que, até então, jamais houvessem feito o exame preventivo.
O Centro de Pesquisas dispunha de consultórios ginecológicos e laboratórios de cito e histopatologia, além de uma frota de unidades móveis para fazer exames ginecológicos em diversos locais do estado. No ano de 1968, por iniciativa original dos seus pesquisadores, foi fundada a Escola de Citopatologia, que visava atender à demanda interna do próprio Centro e de outros postos ginecológicos existentes na cidade do Rio de Janeiro. Este foi o primeiro esforço para a formação de técnicos qualificados para a leitura das lâminas de exames citopatológicos, em especial do teste de Papanicolaou. Paralelamente, também foram desenvolvidos programas de educação em saúde para a população. Acredita-se que esta tenha sido uma das primeiras iniciativas de dimensão institucional dedicada ao controle do câncer do colo do útero no Brasil.