Início: 2020

Resumo: Esta pesquisa investiga os enunciados e práticas da Epidemiologia no Brasil relativos ao conceito de desigualdade. As discussões sobre desigualdade e saúde remetem à própria constituição da Epidemiologia como uma disciplina e à compreensão populacional do fenômeno saúde-doença. Na segunda metade do século XX, transformações nos campos biomédico e da saúde trouxeram novos elementos ao debate, atribuindo novos sentidos ao conceito de desigualdade no campo da saúde. Esse processo de mudança conceitual foi marcado por tensões tanto nos enunciados quanto nas práticas da Epidemiologia, com destaque para os modelos de interpretação da relação entre desigualdade e saúde. O objetivo desta pesquisa é discutir como as tensões entre diferentes concepções sobre desigualdade para Epidemiologia impactou nas abordagens ao problema pelo campo da saúde e pelas políticas públicas. Aproximando História dos Conceitos e Estudos Sociais das Ciências, investigamos periódicos especializados em Epidemiologia e Saúde Coletiva, anais de congressos, teses e dissertações, manuais de formação e documentação institucional.

Equipe: Luiz Alves Araújo Neto.

Financiamento: Fundação Oswaldo CRuz (Fiocruz) e Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).