Quantificar, padronizar e planejar: registros de câncer e atenção oncológica no Brasil (1960-1980)
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AUTORIA

1. Luiz Alves Araújo Neto, Casa de Oswaldo Cruz (COC), Fiocruz, Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

RESUMO

Este artigo discute o processo de criação dos primeiros registros de câncer no Brasil e os debates sobre quantificação, padronização e planejamento da atenção oncológica relacionados à estruturação desses serviços. Argumento que a trajetória conflituosa dos registros de câncer no país exemplifica a tensão entre uma estrutura conceitual da medicina, em mudança durante a segunda metade do século XX, e a realidade institucional da atenção oncológica. A discussão é circunscrita ao intervalo entre 1960 e 1980, período em que os primeiros registros foram criados em São Paulo e Pernambuco, em 1967, seguidos de outros em Porto Alegre, Fortaleza, João Pessoa e Rio de Janeiro. Além disso, esse intervalo foi marcado pelos debates sobre a importância da notificação e registro dos casos de câncer para a construção de uma política de atenção oncológica eficaz, permitindo visualizar as tensões mencionadas no argumento. O artigo dialoga com os Estudos Sociais da Medicina e a Sociologia da Quantificação, utilizando fontes de caráter técnico, como publicações em periódicos especializados em câncer, relatórios e publicações de instituições médicas e de saúde e documentos institucionais.

Palavras-chave: câncer, registros de câncer, quantificação, padronização, Brasil.

COMO CITAR ESTE ARTIGO

Alves Araújo Neto, L. . (2021). Quantificar, padronizar e planejar: registros de câncer e atenção oncológica no Brasil (1960-1980): Quantify, standardize and plan: cancer registries and cancer care in Brazil (1960-1980). Revista Caminhos Da Historia26(2), 73–96. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/4352. Acesso em: dia de mês de ano.